sem título

ao observar-te, admiro e estremessoquando vens em minha direção, apenas espero, apreensiva, mas espero. Olho-te com aquela cara de quem gosta, admira e não quer nem pensar em distância, (mas já se prepara) recebo aquele beijo na testa tão esperado ao longo do dia.aninho-me em teus braços, assim como uma criança ao relento faz quando encontra abrigo.e como são bons esses poucos segundo que fico ali, entre teus braços, esqueço do mundo, o tempo para, até que me olhas que perguntas como estou e como foi meu dia, respondo, rimos e brincamos.ao começar a música e me abraçares, ai sim o tempo pára, a vida pára, o mundo pára, a sintonia é tanta. Fecho os olhos e esqueço, esqueço de tudo, (até por que o mundo está parado). Tudo, a música, os movimentos, o cheiro, é tudo lindo, perfeito, nada explica nem muito menos substitui.aqueles dois ou três minutos de música, poderia ser a vida, com direito a todas suas emoções e sensações. ao final desses intermináveis (ao meu ver e desejo) dois ou três minutos, desperto, abro meus olhos preguiçosos (meio contra vontade), e tudo foi tão bom, mas não reclamo que acabou, pois sei que virão outras, mesmo que demore, mas virão.a despedida pode ser o momento mais dificil de tudo, mas como sei que existe o reencontro, fico tranquila.

[laura freitas]