Desde pequena sou muito exagerada em sentimentos. Nos primeiros "amores" eu já sofria, fazia questão de me fechar no meu quarto, ficava ouvindo músicas "semi-emos" e assim me criei em um universo mais romântico e sonhador impossível.
Mas hoje, hoje eu sinto deveras o que é a dor do amor, aquela dorzinha no abdômen, o nó na garganta, o nariz coçando com olho lacrimejando de manhã cedo indo para o colégio.
Hoje, hoje eu sei o que é tentar esquecer uma pessoa, ter asco e mesmo assim saber que daria tudo por um abraço. Sei o que é ficar vendo fotos antigas e lembrando dos cheiros. Dói ver aquele olhar, e pensar que já se vai dois meses que se anda na rua querendo e não querendo revê-lo. E mais de dois meses que se imagina o que ele estaria fazendo agora, o que aconteceu, com quem ele estaria andando.
Não há uma aula de história, geografia ou sociologia que eu não me recorde das nossas conversas, não há lugar nessa cidade que não me traga o mínimo de lembrança, até mesmo o velho perfume que resgatei no fundo do armário um dia desses, me lembrou. Me lembrou principalmente da Argentina, revellion, Buenos Aires. Ô tempo bom!
Quase nada mudou em dois meses, tirando que fiz 16... Não vejo nada de diferente. A mesma saudade, as mesmas dúvidas.
Amar, acho que já é uma palavra forte demais. Mais ainda penso, e isso já é o bastante para sofrer.
Tantos meninos legais passam pela minha vida, mas nenhum me encantou daquele jeito que fui encantada em abril de 2007. Isso é bom, não quero, NÃO POSSO mais correr atrás de ninguém. Não tenho mais forças, por mais que seja difícil para mim vou tentar cantar músicas e não pensar em ninguém.
Pelo menos por alguns meses.
Um comentário:
putz! essas coisas perceguem a gente ne!
ja me livrei da minha pedra (mas arrumei outra). conseguisse se livrar da tua??
beijos
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