terça-feira, 25 de novembro de 2008

Lembranças no fundo do armário

Nalu após o banho deitou-se na cama para dormir, leu um pouco, viu um filme qualquer que estava passando na televisão e após desligou tudo. Mas acontece que uma inquietação lhe tomou os pensamentos, muitas coisas passavam-lhe na mente como filme. Resolveu então levantar-se e ir até a mesa do computador pegar o MP4, pois no estado que tava apenas música a acalmaria.
Ao pegar o aparelho subitamente algo lhe chamou a atenção para o armário. A menina então foi até ele e ao abrir a porta viu em um canto perdido uma lata empoeirada, deixando claro há quanto tempo não é revirada, ela respirou fundo, tomou coragem e trouxe a latinha para a cama.
Logo que a abriu Nalu sentiu aquele cheiro quente que tanto reclamava mas naquele momento a fez um bem incrível! A primeira coisa que ela tirou de dentro foi uma foto (pequena descrição: duas pessoas, um menino e uma menina. Bonitos e sorridentes) , trouxe o papel junto ao corpo com a vontade de na verdade estar abraçada ao moço da foto naquele momento e admirou tal bunitesa que a tirara o sono. Inevitavelmente um vidro azul "pulou-lhe" às mãos, logo que o abriu veio o cheiro que sucitou-lhe às melhores tardes de verão na cidade, à pele macia de setembro e aos 4 dias mais loucos do ano! Sentiu saudade. O papel da carta já meio amarelado e um tanto quanto marcado e cheiroso nem chegou a ser totalmente desdobrado, ela achou melhor não mexer em um passada já tão passado. Quando puxou a carta, caiu na base da lata uma foto 3x4 que mais uma vez a trouxe lembranças das tardes de verão. Sentiu saudade.
Após alguns suspiros nostálgicos pegou nas mãos novamente o perfume azul, mas desta vez para passar no seu pijama um pouco, como tantas vezes já fizera antes de dormir.
Pegou com os dedos o nó que os uniam desde o dia 20 de outubro do ano que passou. Relembrou tantas coisas, com apenas dois sentidos. Olfato e tato. Pele.
Ao fim guardou tudo e recolocou a lata no armário, lugar este que nunca devia ter saído! E voltou para a cama, porém o cheiro e a foto foram esquecidos na cama, e para sempre com ela.


Por Laura Freitas

2 comentários:

Laura Pra Baldi disse...

Hoje um conto :)
Nada demais.

E vai!

Gabi Rosa disse...

e eu bem conheço ;)


"...A arte por si só rompe todos os tipos de barreiras, unindo pessoas, aliando desejos, suprindo vontades, este é um bom lugar..."



Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar que tu era prá sempre...

sem saber que o prá sempre, sempre acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém só penso em VOCÊS e ai então estamos bem.