quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Poesia do Cotidiano


Toda vez que passo, o azul-cinzento-cor-de-fm-de-tarde me impressiona
É um vai e vem intenso de pessoas, carros, almas, pensamentos, dores e amores
Cada um na busca de se espaço no mundo.

Da janela do ônibus fico a observar cada rosto, cada expressão
O que será que pensam?
Pensam?
Amáveis seres humanos irracionais.
Se dizem tão espertos, que de tão espertos deixaram o mundo chegar a tal ponto.

Esqueço.

Volto a minha diversão
A mulher parada no semáforo fala ao telefone com cara de prazer
O moço anda apressadamente pela calçada sem nem notar as ondas que batem nas pedras e os desenhos das sombras das palmeiras no gramado
E a senhora compensa a displicência do moço no seu passeio observador a beiramar.

Tantas coisas e sempre uma nova experiência.
Novas sensações, novos rostos, novos pontos de vista, novos ângulos
Novas poesias do cotidiano.


Por Laura Freitas

3 comentários:

Georgia Lopes disse...

acho muito estranho alguém que não consiga prender a atenção na ponte, simplismente olhando a beleza escondidada dela.
sinto falta de escrever como tu :(

ps. pensamentos dos outros realmente não mudam mais nada :)

Phelippe Maga disse...

foto legal minha prima!
com certeza isso mesmo!

Anônimo disse...

Você até parece um personagem de um de meus contos...só que é japonesa...

Gostei da sua poesia...já deixei de ser poeta...agora só contemplo...só com o tempo...só contento...só tento...só.

Um grande abraço


"...A arte por si só rompe todos os tipos de barreiras, unindo pessoas, aliando desejos, suprindo vontades, este é um bom lugar..."



Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar que tu era prá sempre...

sem saber que o prá sempre, sempre acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém só penso em VOCÊS e ai então estamos bem.